quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

CE registra maior queda de emprego formal no NE

Só na região metropolitana de Fortaleza foi registrada uma redução de 1.025 empregos formais

O Brasil bateu recorde de geração de empregos, no mês passados. Foram 143 mil novas carteiras assinadas em todo país. Na contramão dos resultados, o Ceará eliminou 4.905 empregados formais no mês passado. Nesse período, foram admitidos 25.347 empregados e desligados 30.252. Os principais responsáveis pela baixa no mercado cearense de trabalho estão relacionados ao ciclo agrícola e às atividades relacionadas ao consumo. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Embora o resultado seja negativo, não que dizer que a economia cearense não está bem, garante Júnior Macambira, técnico de Mercado de Trabalho, do Sine/IDT. A justificativa está no fato de a pesquisa não contabilizar os empregos informais.

O Nordeste foi a única região do País com queda na evolução de empregos (-0,71%), no último mês. Os estados que apontaram maior porcentagem de queda foram Ceará (-0,71%), Rio Grande do Norte (-0,61%), Alagoas (-0,46%) e Pernambuco (-0,46%).

Região Metropolitana

A pesquisa apontou também que a região metropolitana de Fortaleza registrou redução de 1.025 empregos formais, quando foram admitidos 20.578 empregados e demitidos, 21.603. Uma comparação do saldo de emprego em janeiro/08 (-4.905) com dezembro passado e janeiro/07 mostra uma desaceleração no número de empregos com carteira assinada. O saldo nesses meses foi de -4.356 e -1.841, respectivamente.

Por outro lado, nos últimos 12 meses, verificou-se crescimento de 6,02% no nível de emprego no Estado com a criação de 39.173 postos de trabalho. Em dezembro/07, 296.911 pessoas foram admitidas, enquanto as demissões fecharam em 259.738. Este resultado foi o 3º melhor da região Nordeste, no acumulados dos últimos 12 meses. O primeiro foi a Bahia, saldo de 57.961 vagas.

Das atividades econômicas, somente a construção civil obteve saldo positivo de empregos formais — 114 novas vagas, em janeiro. As maiores quedas ocorreram na indústria de transformação (-1.945), agropecuária (-1.694) e comércio (-1.237). Dos municípios com mais de 30 mil habitantes, Maracanaú apresentou o melhor resultado, com um saldo de 139 empregos com carteira assinada, no primeiro mês do ano. Nesse período, foram admitidos 1.103 empregados e desligados, 964. Em seguida, Pacatuba e Limoeiro do Norte, que registraram 60 novos postos de trabalho. Fortaleza, por exemplo, perdeu 117 vagas.

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